Bom, isso aqui é um texto que eu escrevi na quinta série há não muito tempo (vai ser difícil de acreditar mas foi um adulto que escreveu isso), atingiu um nível de idiotice tão alto que decidi postar em algum lugar, então aqui vai (o blog era pra falar de indie games, mas me lembrei que como ele é meu, eu posto o que quiser e pronto). Tem mais alguns outros textos tão estranhos quanto este, guardados em algum lugar, se eu encontrá-los, posto por aqui também, ou não.
PS: Valeu Mari por corrigir os milhões de erros.
PS2: Não devolverei seus 10 minutos de vida após terminar a leitura, é por sua conta e risco.
O Planeta Que Caiu
Merintalberalizado foi um pequeno planetóide que compunha o Cinturão
de Habadah, na Galáxia Via K-Xaça. A história da origem de sua queda é cantada,
conhecida por uma bela canção acompanhada de atabaques e muitos versos
repetitivos, entretanto, resumirei a história em forma de texto mesmo, sem
agraciá-los com todo acompanhamento musical pois estou rouco.
A culpa do sumiço do planeta Merintalberalizado, é atribuída pelo C.U.*
a seus próprios habitantes, os merintalberalizadonerianos. Criaturas humanoides,
cor de pastel digerido por camelos pigmeus, com pouquíssima personalidade,
cérebro pouco desenvolvido, basicamente nada os diferenciava entre si. Fato a
se destacar que pode ter relevância é que nenhum deles conseguiu morrer durante
quase toda a história de sua existência. Ah! E eles adoravam leite com manga.
* (Curiosos do Universo, grupo
que toma nota de todos os eventos importantes que acontecem por aí).
O evento que terminou com o
planeta ocorreu poucos anos após o surgimento desta espécie no local. Desenvolveram-se
em pouquíssimo tempo e toda sua tecnologia se focou em um único grande invento.
Alto-falantes capazes de espalhar os sons vogais de suas músicas (eram um povo
muito festivo) para todos os cantos do planeta (mesmo este sendo massivamente
redondo, o que extingue automaticamente os cantos né? Mas enfim, é jeito de
dizer e acho que eu uso muitos parênteses, merda).
Outro detalhe importantíssimo em
sua história, é a ausência de televisores. Tal ausência, unida ao tédio que o tempo
imprimia em nossos amiguinhos e a quantidade de festas, bailes, bebidas e
músicas provocativas, elevou sua reprodução a números assustadoramente altos –
segundo estudos do Datamerintalberolha (sim, meu universo possui muitos órgãos,
nomes complicados e parênteses) – cada família se constituiu com uma média de
117 filhos, com uma margem de erro de 7 para cada filho. Curiosamente, estes possuíam
nomes predominantemente iniciados em “W” e terminados em “ton”, “son”, ou “ley”
mas, acredite, nenhum destes nomes se repetiam, eram um povo muito criativo
neste quesito.
Mas o momento crítico do planeta despontou por sua superpopulação chegar
a um nível em que todos os indivíduos tornaram-se incapazes de sentarem-se no
chão. O que tornou tão crítica a situação foram dois fatores: no exato instante
em que o último habitante nascia e ocupava o último espaço fisicamente possível
do planeta, um dos operadores de som estava testando os alto-falantes extremamente
poderosos e acabou ficando sem espaço para apertar o botão de stop da música
que ele havia acabado de colocar para testar, isso acidentalmente animou a
população, transformando aquele dia no evento conhecido intergalaticamente como
“A Maior Picareta* Que O Universo Já Viu”.
* (como as micaretas terraqueanas,
mas com um final ruim, ou pior)
O segundo fator conta com um
jovem inventor a um parafuso de inventar um aparelho que ficaria conhecido como
Tevelisor. É uma pena que com tantas pessoinhas amontoadas, o rapaz não tenha conseguido
espaço suficiente para abaixar-se e apanhar o último parafuso que havia
derrubado por ter se assustado com a música alta que subitamente começou a
ecoar no planeta.
E foi durante este fatídico dia
que surgiu a grande e única personalidade de destaque de toda a espécie, o
homem conhecido por “Washingleytonson “Água de coco” Telónita VII” ficou
conhecido. Autor e intérprete da música que ecoava por todos os lugares, fez o
planeta sacudir em festa enquanto cantarolava versos majoritariamente criados
em combinações aleatórias de vogais sem sentido algum em qualquer que seja o
idioma (sim, testamos em todos), que faziam a multidão infinita saltar
uniformemente, hipnotizada.
Obviamente o evento acabou saindo
pela culatra (isso se tivesse espaço no planeta para existir uma culatra mas,
infelizmente, estava completamente lotado e eu também nem sei o que é uma
culatra, para ser sincero).
Os merintalberalizadonerianos se empolgaram demais
e acabaram se reproduzindo ainda mais durante a festividade e, nove meses
depois... (sim, a festa ainda não tinha acabado, os sistemas de som detinham de
uma forma muito singular de captação e geração de energia que, resumidamente,
envolvia Micro-hidrelétricas
D-XI²
estrategicamente posicionadas embaixo de muretas onde as alegres e porcas
criaturinhas urinavam durante a picareta)... Enfim, com sua reprodução
desenfreada, o planeta ficou tão sobrecarregado de homenzinhos e mulherezinhas
cor de pastel, que não suportou o peso e caiu pela galáxia, até encontrar desagradavelmente
o chão do universo, pondo fim a todos os seus milhares de habitantes. Acabou
por melecar toda a sala de estar do Gigante Purpura Criador Anônimo do Universo,
que ficou bastante mal-humorado, pois teve de convocar sua diarista mais cedo
naquela semana.