segunda-feira, 22 de julho de 2013

O Planeta Que Caiu

Bom, isso aqui é um texto que eu escrevi na quinta série há não muito tempo (vai ser difícil de acreditar mas foi um adulto que escreveu isso), atingiu um nível de idiotice tão alto que decidi postar em algum lugar, então aqui vai (o blog era pra falar de indie games, mas me lembrei que como ele é meu, eu posto o que quiser e pronto). Tem mais alguns outros textos tão estranhos quanto este, guardados em algum lugar, se eu encontrá-los, posto por aqui também, ou não. 
PS: Valeu Mari por corrigir os milhões de erros.
PS2: Não devolverei seus 10 minutos de vida após terminar a leitura, é por sua conta e risco.

O Planeta Que Caiu

Merintalberalizado foi um pequeno planetóide que compunha o Cinturão de Habadah, na Galáxia Via K-Xaça. A história da origem de sua queda é cantada, conhecida por uma bela canção acompanhada de atabaques e muitos versos repetitivos, entretanto, resumirei a história em forma de texto mesmo, sem agraciá-los com todo acompanhamento musical pois estou rouco.


A culpa do sumiço do planeta Merintalberalizado, é atribuída pelo C.U.* a seus próprios habitantes, os merintalberalizadonerianos. Criaturas humanoides, cor de pastel digerido por camelos pigmeus, com pouquíssima personalidade, cérebro pouco desenvolvido, basicamente nada os diferenciava entre si. Fato a se destacar que pode ter relevância é que nenhum deles conseguiu morrer durante quase toda a história de sua existência. Ah! E eles adoravam leite com manga.
* (Curiosos do Universo, grupo que toma nota de todos os eventos importantes que acontecem por aí).

O evento que terminou com o planeta ocorreu poucos anos após o surgimento desta espécie no local. Desenvolveram-se em pouquíssimo tempo e toda sua tecnologia se focou em um único grande invento. Alto-falantes capazes de espalhar os sons vogais de suas músicas (eram um povo muito festivo) para todos os cantos do planeta (mesmo este sendo massivamente redondo, o que extingue automaticamente os cantos né? Mas enfim, é jeito de dizer e acho que eu uso muitos parênteses, merda).

Outro detalhe importantíssimo em sua história, é a ausência de televisores. Tal ausência, unida ao tédio que o tempo imprimia em nossos amiguinhos e a quantidade de festas, bailes, bebidas e músicas provocativas, elevou sua reprodução a números assustadoramente altos – segundo estudos do Datamerintalberolha (sim, meu universo possui muitos órgãos, nomes complicados e parênteses) – cada família se constituiu com uma média de 117 filhos, com uma margem de erro de 7 para cada filho. Curiosamente, estes possuíam nomes predominantemente iniciados em “W” e terminados em “ton”, “son”, ou “ley” mas, acredite, nenhum destes nomes se repetiam, eram um povo muito criativo neste quesito.

Mas o momento crítico do planeta despontou por sua superpopulação chegar a um nível em que todos os indivíduos tornaram-se incapazes de sentarem-se no chão. O que tornou tão crítica a situação foram dois fatores: no exato instante em que o último habitante nascia e ocupava o último espaço fisicamente possível do planeta, um dos operadores de som estava testando os alto-falantes extremamente poderosos e acabou ficando sem espaço para apertar o botão de stop da música que ele havia acabado de colocar para testar, isso acidentalmente animou a população, transformando aquele dia no evento conhecido intergalaticamente como “A Maior Picareta* Que O Universo Já Viu”.
* (como as micaretas terraqueanas, mas com um final ruim, ou pior)

O segundo fator conta com um jovem inventor a um parafuso de inventar um aparelho que ficaria conhecido como Tevelisor. É uma pena que com tantas pessoinhas amontoadas, o rapaz não tenha conseguido espaço suficiente para abaixar-se e apanhar o último parafuso que havia derrubado por ter se assustado com a música alta que subitamente começou a ecoar no planeta.

E foi durante este fatídico dia que surgiu a grande e única personalidade de destaque de toda a espécie, o homem conhecido por “Washingleytonson “Água de coco” Telónita VII” ficou conhecido. Autor e intérprete da música que ecoava por todos os lugares, fez o planeta sacudir em festa enquanto cantarolava versos majoritariamente criados em combinações aleatórias de vogais sem sentido algum em qualquer que seja o idioma (sim, testamos em todos), que faziam a multidão infinita saltar uniformemente, hipnotizada.

Obviamente o evento acabou saindo pela culatra (isso se tivesse espaço no planeta para existir uma culatra mas, infelizmente, estava completamente lotado e eu também nem sei o que é uma culatra, para ser sincero). 
Os merintalberalizadonerianos se empolgaram demais e acabaram se reproduzindo ainda mais durante a festividade e, nove meses depois... (sim, a festa ainda não tinha acabado, os sistemas de som detinham de uma forma muito singular de captação e geração de energia que, resumidamente, envolvia Micro-hidrelétricas D-XI² estrategicamente posicionadas embaixo de muretas onde as alegres e porcas criaturinhas urinavam durante a picareta)... Enfim, com sua reprodução desenfreada, o planeta ficou tão sobrecarregado de homenzinhos e mulherezinhas cor de pastel, que não suportou o peso e caiu pela galáxia, até encontrar desagradavelmente o chão do universo, pondo fim a todos os seus milhares de habitantes. Acabou por melecar toda a sala de estar do Gigante Purpura Criador Anônimo do Universo, que ficou bastante mal-humorado, pois teve de convocar sua diarista mais cedo naquela semana. 

Dicas!

Vou começar com dicas rápidas de excelentes joguinhos que tem devorado meu tempo vago atualmente. Quem sabe não faço um post semanal de dicas assim, vamos ver.

Começando por Don't Starve:



Joguinho cujo visual parece ter sido retirado diretamente da criativa mente de Tim Burton, com humor ímpar e um senso de urgência marcante, vai com certeza lhe proporcionar horas de diversão. Altamente viciante, o game te coloca na pele, primeiramente, de Wilson e conforme progredindo, outros carismáticos personagens são destravado. Dias e noites vão passando e seu objetivo parece simples, sobreviver. Sempre procurando comida e abrigo para passar noites em segurança, coletar matéria prima para construir e criar equipamentos  é uma ótima ideia.

Mas sua vida não será fácil neste mundinho tão envolvente, diversos monstros espreitam a espera de seu primeiro deslize, que acredite, acontecerá bem rápido nas primeiras vezes que jogar haha (Ou eu sou um péssimo jogador, pode ser isso também, provavelmente é isso, aliás). Prepare-se para socar muito a parede de raiva, pois a morte neste jogo aqui, é permanente meu amigo, e é isso que o torna tão marcante. Enfim, vale a pena desperdiçar horas neste aqui, recomendo.


Outro que tenho me divertido muito jogando, é o recente Rogue Legacy:


Dono de um visual que traz muito da era 16-bits, um estilo que me lembrou Castlevania, Metroid, Megaman, o jogo apresenta ótimas ideias e inovações ao gênero, como um castelo que é gerado aleatoriamente cada vez que você o visita. 

Além da dinâmica do castelo aleatório, outro sistema que deixa o jogo único são as mortes. Cada vez que um personagem seu morrer, sua próxima "vida" será jogada por um descendente deste, com características e "defeitos" totalmente diferentes. Alguns sofrem de daltonismo, nanismo, síndrome de tourette, entre outras milhares de características que deixam o jogo bem mais engraçado e cativante.

Outro fator interessante que merece destaque, são os upgrades e a forma saudável em que lhe é "imposta" a utilização dos mesmos. Cada vez que você precisar acessar o castelo para procurar e derrotar os chefões, coletar moedas e blueprints, um npc irá ficar com todos o seu dinheiro restante, portanto, antes de se aventurar nas masmorras, é extremamente importante comprar os upgrades e armaduras, sem se preocupar em economizar.

Por mais simples que pareça inicialmente, a mecânica é muito bem trabalhada e balanceada, tornando o jogo extremamente prazeroso e que pode proporcionar muitas horas de diversão. 
(Warning: Altamente viciante, é sério!)


Por último, mas não menos importante, VVVVVV:


É um game de aparência extremamente simples, história muito bem humorada e jogabilidade inteligente, VVVVVV (cujo nome nada mais é do que uma representação da movimentação que os personagens fazem durante o jogo), brinca com a gravidade de uma nave que sofre problemas mecânicos e separa seus carismáticos integrantes. Seu objetivo então é reunir os astronautas coloridos, entre diálogos muito engraçados e muitas, muitas mortes. Com o progresso do jogo, as fases vão se tornando gradativamente mais complexas e requerem cada vez mais concentração e habilidade. Com ponto alto no senso de humor, o jogo é curto mas acerta ao que se propõe, diversão sem grandes pretensões. Vale a pena conferir.